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O Brasil no Top do Ranking das Startups

O Brasil no Top do Ranking das Startups

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O Brasil domina o ecossistema latino-americano de startups.

Com números de destaque neste cenário, o Brasil tem um total de 17.987 startups, representando 77% do mercado e concentrando 70% dos investimentos na região, segundo um relatório divulgado pela Sling Hub, startup que reúne dados sobre os atores da inovação na América Latina.

A Sling Hub, realizou esta pesquisa nos 7 países de maior representatividade na América Latina, como: Brasil, México, Chile, Colômbia, Argentina, Peru e Uruguai.

Além da representatividade em números absolutos, o Brasil também é destaque em relação a avaliação das startups, com 7 das 10 empresas emergentes de tecnologia mais valiosas da região, todas avaliadas acima de US$ 1 bilhão, chamadas de unicórnios.

O estudo salienta também que o Brasil tem as startups que mais receberam investimento nos últimos anos.

Um total de 7 startups são brasileiras entre as 10 que receberam aporte nos últimos anos e o Brasil, concentra 45% dos investimentos latino-americanos em 2019, 61% em 2020 e 70% em 2021.

Quando se analisa em relação aos setores, o Brasil também lidera a maior concentração nas fintechs, edtechs, healthtechs, agritechs e marketing, exatamente nesta ordem.

Quando falamos em fintech brasileira Nubank, um unicórnio avaliado em US$ 30 bilhões e que tem conquistado cada vez mais espaço na região, rivalizando com gigantes bancários.

Também figurando entre os destaques no Brasil está a startup QuintoAndar, é a segunda colocada com avaliação de US$ 4 bilhões, seguida pela mexicana Kavak (US$ 4 bilhões) e pela colombiana Rappi (US$ 3,5 bilhões).

O Top 5 fecha com outra brasileira que também é destaque, a Wild Life, dedicada ao desenvolvimento de games mobile, foi avaliada em US$ 3 bilhões.

Outro exemplo brasileiro de destaque também foi a startup Loft, que tornou-se um unicórnio em apenas um ano e meio e recebeu, em sua Série D, um aporte de US$ 525 milhões. Atualmente a Loft é uma das maiores plataformas de compra e venda de apartamentos residenciais não só do Brasil, como do mundo.

O boom de unicórnios na América Latina

O estudo conduzido pela Sling Hub, também retrata o boom de unicórnios na região da América Latina.

Durante mais de uma década, a Argentina foi o único país da região que tinha empresas como Mercado Live e Decolar com valor acima de US$ 1 bilhão.

No entanto, em 2018, aconteceu uma grande mudança, onde os países como Brasil, Colômbia e México entraram para o time dos países com unicórnios de destaque no mercado.

 

Na América Latina, o avanço tecnológico ganhou contornos ainda mais nítidos com a pandemia. 

 

Trata-se de uma das regiões digitalmente mais ativas do mundo, com uso da internet em patamares acima até mesmo da China e da Índia.

 

Além disso, a capitalização do mercado de tecnologia no bloco, como percentual do PIB, cresce 65% ao ano – contra 11% nos EUA e 40% na China. Estes são dados coletados e divulgados pelo

fundo de venture capital Atlântico.

 

Na América Latina ainda temos inúmeros desafios a serem vencidos, e ao mesmo tempo temos oportunidades para o surgimento de empresas para suprir demandas em áreas como moradia, finanças, educação, saúde entre outras.

 

Ainda temos na América Latina colaboradores com potencial e até formação internacional, que frequentemente falam mais de uma língua e podem superar desafios por meio de sua compreensão de diversas culturas de trabalho.

 

Especialmente no Brasil está surgindo uma leva de novas empreendedoras com um perfil diferenciado, que busca operar fora dos parâmetros atuais do disputado Vale do Silício. Tudo isso resulta na cultura emergente do empreendedorismo.

 

As empresas latino-americanas são capazes de ter um desempenho muito eficiente em termos de tempo de desenvolvimento de softwares, e além disso, o custo de vida é mais baixo, a qualidade de vida é maior e os recursos são abundantes devido aos salários mais acessíveis.

 

O México, Brasil e Colômbia têm o potencial de competir com o poder de desenvolvimento de softwares da Índia e da China, enquanto oferecem uma alta qualidade de vida comparada com estes países.

 

Outros destaques na América Latina

 

O ranking de startups mais valiosas da região chama atenção pela presença de três empresas de criptomoedas, comprovando o rápido crescimento do criptomercado entre as nações latino-americanas.

 

A exchange mexicana Bitso, que chegou recentemente ao Brasil, aparece na sétima colocação com avaliação de mercado de US$ 2,2 bilhões e um investimento de investimento de US$ 250 milhões em uma rodada de Série C com participação de gigantes como a Pantera Capital.

 

O C6, banco digital brasileiro, fez um anúncio recentemente sobre seus planos de ampliar a oferta de investimentos em criptoativos para todos os seus clientes.

 

Atualmente o OC6 Bank é parceiro da gestora Hashdex e oferece investimentos no ETF de criptomoedas da B3. O banco foi avaliado recentemente  em US$ 2,1 bilhões.

 

A startup brasileira Mercado Bitcoin, que já é considerada a maior empresa de criptomoedas da América Latina e tem uma avaliação de US$ 2,1 bilhões, recebeu um investimento do gigante financeiro Softbank, que comprou 10% da empresa. A exchange planeja a internacionalização de seus serviços com este  aporte de capital.

 

As startups brasileiras de criptomoedas Alter, Zro Bank e Mercado Bitcoin são destaques na lista ‘100 startups To Watch 2021’ publicada pela Revista Pequenas Empresas, Grande Negócios.

 

Uma questão que fica no ar é se esta situação do Brasil liderar o ranking é sustentável no longo prazo.

Na opinião de João Ventura, CEO e fundador da Sling Hub, o Brasil deve continuar liderando o ecossistema na América Latina.

 “No curto prazo, é difícil reverter o dado. Somos a maior economia, com a maior população, e temos muito problemas latentes para serem resolvidos em um curto espaço de tempo”, salienta Ventura.

O ecossistema de startups no Brasil não dá sinais de que vai parar de acelerar tão cedo e percebemos com muitos dos números constantemente divulgados na mídia.

Atualmente somente São Paulo já abriga um total de 8 unicórnios, ou seja, mais do que Seul, Jacarta, Amsterdã, e Hong Kong; quase tantos quanto Berlim e quase o mesmo do que as cidades de Austin e Miami combinadas.

Além disto, O ecossistema brasileiro de startups está provando que consegue nadar contra a crise e atrair investimentos para garantir o crescimento e desenvolvimento das empresas.

Foram investidos um total de US$ 5,2 bilhões em startups brasileiras neste primeiro semestre do ano de 2021, segundo o Inside Venture Capital, relatório da empresa de inovação Distrito. Se comparamos com o mesmo período 2020, a alta é de 299%.

Conforme divulgado pelo Distrito, também surgiram 4 novos unicórnios somente neste semestre: MadeiraMadeira (investida pela venture capital), Hotmart (investida pela venture capital), C6Bank (comprado para o J.P.Morgan) e Mercado Bitcoin (investido pelo venture capital). Hoje, o Brasil já conta com um total de 16 startups unicórnios.

Em volume aportado, lideram as fintechs com um total de US$ 2,4 bilhões, proptechs com US$ 829,4 milhões e retailtechs com US$ 416,2 milhões.

Foram realizados um total de 339 aportes em startups brasileiras, sendo  35% mais rodadas do que o ocorrido em 2020.

Os setores preferidos dos investidores foram as fintechs, com um total de 72 aportes, retailtech 36 aportes,  e as healthtech  com 29.

Os fundos brasileiros que mais realizaram investimentos no primeiro semestre deste ano foram Bossa Nova, 27 aportes, Domo Invest,  21 e Canary  com um total de 12.

 

“Acreditamos que até o fim do ano, novos unicórnios devam aparecer em terras brasileiras. Algumas das principais apostas são Neon, CargoX, Zenvia e Petlove.” Menciona o Distrito em seu relatório publicado recentemente.

 

Fusões e aquisições são destaque no relatório

 

As fusões e aquisições são outro destaque do relatório publicado pela Sling Hub, onde uma empresa brasileira novamente lidera o ranking, o Magalu, foi a empresa que mais realizou compras, com um total de 25 empresas do segmento de tecnologia.

Em segundo lugar no ranking , está a Linx Retail, que comprou um total de 17 empresas  e, depois, a Locaweb, com um total de 16 empresas.

Resumindo, oito dos dez maiores compradores de startups são empresas com capital brasileiro.

Além do Brasil, a Argentina é o único latino-americano a figurar entre os maiores. A Accenture, da Irlanda, ficou em sétimo lugar no ranking por ter adquirido sete startups da América Latina.

Entre os investidores da região, o chileno Start-Up é apontado como o mais ativo: 306 empresas receberam recursos da empresa.

A fundo de investimentos espanhol, Wayra, que investiu em um total de 213 startups, vem logo depois.

A brasileira Bossa Nova, micro venture capital que investe em startups em estágio pré-seed com atuação em todo o Brasil, está em terceiro lugar com o investimento em 179 startups.

Um total de cinco empresas nacionais figuram no top 10. Estas empresas juntas investiram em um total de 584 startups, representando 2,5% do ecossistema latino-americano.

 

Quem são os maiores investidores em startups da América Latina  

Quando se trata de volume de investimento em startups, quem mais investe são os fundos estrangeiros como o japonês Softbank, que investiu em 13 startups unicórnios latino-americanas.

 

No entanto, os Estados Unidos, porém, são o país mais ativo em investimento em unicórnios, entre os 15 maiores investidores, oito são norte-americanos.

 

A participação dos estrangeiros é maior nos investimentos do que nas aquisições

 

Segundo Ventura da Sling Hub, isto tem uma explicação bem lógica e não é difícil de entender, faz sentido realizar uma compra de uma empresa que está perto, tem clientes parecidos e a empresa já entende o mercado e seus desafios

 

Quando falamos de investimento, a realidade já é outra, não importa para o investidor onde está a empresa, o que ele busca mesmo é multiplicar o capital investido.

 

Um bom exemplo disto, é a estratégia da empresa Magalu, de compra de empresas que estão no Brasil que tem os mesmos clientes e a equipe está no país e do Softbank, fundo japonês, que procura apenas investir em empresas.

 

E o cenário é muito bom e promete crescimento

 

Se por um lado a economia dá sinais de pouco crescimento, a opinião geral dos especialistas é de que o próximo ano deve ser um muito bom para o desenvolvimento das startups.

 

A sensação é de que o cenário cinza da economia não deve afetar tanto as startups, até porque o ecossistema brasileiro viu seu desenvolvimento acontecer ao longo dos últimos anos justamente num panorama de crises financeiras e recessão.

 

“A economia real vai sofrer e isto é uma realidade, então todo mundo vai correr atrás de melhores margens de lucro reduzindo custo como um todo. É uma oportunidade para empresas que fazem mais com menos e as startups e empresas com foco em tecnologia são  uma grande arma para isso”, diz Renato Valente, da Iporanga Ventures.

 

Na visão de Gilberto Sarfati, professor da FGV, o ecossistema hoje tem um crescimento sustentável. “É um processo que está sendo vivido há duas décadas e, de forma mais intensa, nos últimos cinco anos”.

 

 

 

 

 

 

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