[vc_row][vc_column][vc_column_text]Uma pesquisa realizada pelos professores da Universidade de Stanford, Nicholas Bloom e Nicola Pierri, buscou entender como a computação em nuvem está ajudando na competitividade de novas e pequenas empresas. Os resultados foram publicados recentemente na Harvard Business Review e o resumo do estudo você confere aqui no nosso blog.
A pesquisa dos professores sugere que a tecnologia pode, de fato, fornecer uma vantagem para novas e para pequenas empresas. Para chegar a esta conclusão o estudo analisou a adoção da computação em nuvem nos negócios dos EUA. A popularidade da computação em nuvem explodiu nos últimos cinco anos, quando as empresas passaram a perceber que esta estratégia pode cortar custos fixos com computação. Isso levou à hipótese de que a computação em nuvem “democratizou a computação, levando-a às massas de empresa.
A pesquisa confirmou esta hipótese a partir da análise de dados de mais de 1 milhão foram encontrados três resultados principais. Primeiro, a computação em nuvem registrou um grande crescimento em seis anos (menos de 0,5% das empresas adotaram em 2010, enquanto 7% adotaram em 2016, o que representa uma taxa de crescimento anualizada de quase 50%). Em segundo lugar, a adoção da computação em nuvem ocorreu em todas as regiões dos Estados Unidos. O terceiro resultado é de que, ao contrário de outras tecnologias, a computação em nuvem foi adotada primeiro por empresas menores e mais jovens.
O conjunto de dados para a análise era proveniente do call center da Aberdeen Information, que faz ligações anuais para milhões de empresas nos EUA e registram detalhadamente o hardware e o software usados por estas, desde a década de 1980. Esse conjunto de dados é usado com frequência por pesquisadores acadêmicos por causa de sua ampla cobertura e qualidade de dados. Uma limitação destes dados é a interpretação que os usuários têm de computação em nuvem (Embora atualmente muitos serviços de Internet envolvam acessar seus dados de outra empresa pela Internet, para os fins desta pesquisa esperamos que as empresas estejam respondendo a um caso de uso mais restrito: o uso de serviços de hospedagem de nuvem empresariais específicos como AWS, Microsoft Azure, Google Cloud Platform, IBM Cloud, Oracle ou Alibaba.) Neste documento, foram utilizados os registros de mais de 150.000 empresas dos EUA com informações sobre a adoção da computação em nuvem.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]
A adoção da tecnologia de nuvem entre indústrias nos EUA
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Inicialmente foi observado que as taxas de adoção da nuvem aumentaram de 0,3% em 2010 para 7% em 2016, o que é mais que o dobro em anos alternados. Além disso, esse aumento ocorreu em todos os grupos industriais estudados.
A pesquisa também mostra a distribuição geográfica da computação em nuvem, evidenciando uma ampla adoção em todos os municípios dos EUA, o que mostra que esta não é apenas uma tecnologia usada por startups hipster em Nova York e São Francisco. O aumento do uso da computação em nuvem é também uma realidade em outros países (onde se tem dados) desde 2010.
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Os dados também mostram que as empresas menores têm as maiores taxas de adoção desta tecnologia. As empresas com menos de 25 funcionários têm taxas de adoção entre 10% a 15%, em média, enquanto as empresas de médio porte têm taxas de adoção menores. De fato, as taxas de adoção são mais baixas em empresas com cerca de 100 funcionários, talvez porque tenham escala suficiente para adotar sistemas de computação internos, mas sem escala suficiente para poder arcar com o sistema internos e o serviço em nuvem. As empresas com 500 funcionários ou mais voltaram normalmente apresentaram taxas entre 5% a 10% de adoção da computação em nuvem. Isso evidencia que as pequenas empresas parecem ser as pioneiras da adoção da computação em nuvem.
Por contraste, comparamos a adoção da computação em nuvem com as taxas de adoção de duas outras tecnologias: computadores pessoais (PCs) e comércio eletrônico. Estes mostram o padrão mais clássico de maior adoção por grandes empresas. A nuvem realmente se destaca por ser particularmente atraente para as empresas menores.
Mas não são apenas as pequenas empresas que impulsionam a adoção da computação em nuvem. As empresas jovens estão adotando a computação em nuvem mais rapidamente do que as antigas. As empresas mais ágeis, jovens e empreendedoras são as pioneiras da adoção. Mais uma vez, isso não foi verificado com outras tecnologias – empresas mais antigas tendem a ser as primeiras a adotar PCs e e-commerce.
Tudo isso sugere que a computação em nuvem é uma tecnologia que atrai empresas menores e mais jovens. Uma das hipóteses para este fato é a capacidade de fornecer computação de alta potência sem os custos indiretos associados ao fornecimento de software e hardware interno. Nesse sentido, a computação em nuvem espalhou e democratizou a computação para as massas.
O acesso flexível a recursos de computação permite que pequenas empresas aumentem (ou diminuam) rapidamente e experimentem novos produtos e recursos. Essa agilidade operacional pode ser particularmente valiosa ao enfrentar uma demanda incerta ou um ambiente competitivo em rápida evolução. Evidências recentes de Kristina McElheran e Wang Jin mostram que a capacidade de “alugar” recursos de TI também ajudou as empresas jovens a sobreviver e a aumentar a produtividade.
Essas são descobertas encorajadoras, especialmente à luz do declínio do dinamismo dos negócios e da taxa de criação de novas startups documentada por John Haltiwanger e seus colegas. Embora não se tenham dados sobre como a computação em nuvem afeta o desempenho da empresa, não é difícil imaginar que a redução dos custos de computação pode melhorar consideravelmente as chances de empresas menores. Concluindo, a computação em nuvem pode acabar sendo uma dessas forças disruptivas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
