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Maiores Fusões e Aquisições do 1º Semestre de 2022

Maiores Fusões e Aquisições do 1º Semestre de 2022

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As fusões e aquisições (M&A na sigla em inglês) começaram o ano de 2022 em alta no Brasil, dando continuidade à tendência registrada em 2021, ano em que o país registrou valor recorde nesse tipo de operação, de acordo com levantamento da consultoria Bain & Company.

De janeiro e junho de 2022, segundo dados da PWC Brasil, foram registradas 807 transações dessa natureza, um novo recorde para o país. O destaque vai para o setor de tecnologia, que lidera esse mercado há 10 anos.

Vale destacar também as fusões e aquisições envolvendo startups, que apesar de geralmente envolverem valores menores, são extremamente relevantes em volume. Foram 110 no primeiro semestre, uma retração de 7% em relação ao mesmo período de 2021.

Apesar da redução, esse é dado positivo para as fintechs, uma vez que os aportes nesse segmento despencaram 44% no primeiro semestre. Segundo especialistas, inflação descontrolada, juros altos, incertezas políticas e fatores geopolíticos, como a guerra na Ucrânia, são alguns fatores que explicam essa queda.

Dito isso, conheça a seguir as maiores fusões e aquisições no Brasil no primeiro semestre de 2022!

Grandes fusões e aquisições de 2022 no Brasil

Confira algumas das maiores fusões e aquisições do primeiro semestre de 2022 divididas por segmento.

Tecnologia

A Unico, startup brasileira de identidade digital (IDtech) recebeu, em março de 2022, um aporte de US$ 100 milhões (R$ 498 milhões em 5 de maio), liderado pelo Goldman Sachs.

Com isso, a Unico passou a valer US$2,6 bilhões, o que a coloca entre as maiores empresas de SaaS da América Latina.

A partir desse investimento, o Goldman Sachs passou a fazer parte do conselho da Unico como investidor e parceiro estratégico.

Financeiro

Dentre as transações de fusões e aquisições no primeiro semestre de 2022, uma das mais comentadas aconteceu no segmento financeiro. Trata-se da compra 11,3% do capital da XP Investimentos pelo Itaú Unibanco pelo valor de R$ 7,9 bilhões.

Outra transação que chamou a atenção do mercado foi a aquisição de 5,23% das ações do Itaú Unibanco pela americana GQC Partner pelo montante de R$ 5,9 bilhões.

Serviços Públicos

No último mês do primeiro semestre de 2022, a Eneva S.A., empresa brasileira do setor elétrico que também atua nos setores de geração, exploração e produção de hidrocarbonetos, adquiriu, por R$ 6,1 bilhões, a CELSEPAR (Centrais Elétricas de Sergipe Participações).

Pelo acordo, a Eneva assumiu a dívida da Centrais Elétricas de Sergipe (CELSE), subsidiária 100% detida da CELSEPAR, de R$ 4,1 bilhões. Dessa forma, o valor total da transação chega a  R$ 10,2 bilhões.

Também em junho de 2022, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. (ENBPar), estatal criada em 2021, fez um aporte de R$ 3,5 bilhões na Eletrobras.

Essa transação faz parte do processo de desestatização da Eletrobras e deu à ENBPar o controle de atividades que não foram privatizadas. Pelo acordo, a estatal fará a gestão de políticas públicas e controlará as empresas Itaipu Binacional e Eletronuclear, responsável pelas usinas de Angra 1, 2 e 3.

Saúde

O setor da saúde também testemunhou importantes fusões e aquisições em 2022. Dentre elas, vale citar a aquisição da empresa Serviços Hospitalares Yuge, dona do Hospital São Francisco, pela Kora Saúde.

A operação envolveu cifras de R$ 330 milhões e foi realizada por meio da empresa Itapuã, controlada da Kora.

Outra transação de destaque foi a compra do Grupo Smile (Smile Saúde) pela Hapvida, pelo montante de R$ 300 milhões.

Óleo e Gás

Em abril de 2022, a Petrobras comunicou o recebimento de R$ 5,26 bilhões da subsidiária brasileira da Shell como compensação pela participação de 25% no bloco Atapu, pré-sal na bacia de Santos.

Varejo

Anunciada para o mercado em 2021, a aquisição do Grupo Big pelo Carrefour foi concluída em junho de 2022. Essa transação, uma das maiores na história recente de fusões e aquisições no varejo, custou R$ 7 bilhões.

Em abril de 2022, a BrMalls e a Aliansce Sonae anunciaram a fusão. A operação, quando concluída, irá criar uma empresa com 69 novos shopping centers e valor de mercado de R$ 13,4 bilhões, a maior da América Latina.

A transação ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Ainda no varejo, em abril de 2022, as Lojas Renner anunciaram a aquisição da Uello Tecnologia, startup de logística (logtech) especializada em oferecer soluções customizadas para clientes corporativos de médio e grande porte. O valor da transação não foi revelado.

O que esperar para o segundo semestre

A expectativa do mercado é que as operações de fusões e aquisições permaneçam em alta no segundo semestre, principalmente no nicho das startups.

Inclusive, algumas delas já foram anunciadas, como a compra da Tallos pela RD Station pelo valor de R$ 6,7 milhões.

Para os fundadores de startups que desejam aproveitar esse bom momento, segue algumas dicas:

Organize a sua empresa

Antes de pensar em uma possível venda ou fusão do negócio, é preciso que sua startup esteja com a casa em ordem.

Isso significa ter processos bem definidos e em linha com as boas práticas e diretrizes do mercado em questões financeiras, contábeis, de governança, dentre outras.

Sua startup deve ser capaz de demonstrar os dados operacionais e, ao mesmo tempo, oferecer garantias de que tais informações são confiáveis.

Nesse sentido, a utilização de um sistema ERP de qualidade pode ser de grande ajuda.

Esteja aberto a propostas e negociações

Por mais que você não tenha a intenção de se “desfazer” do seu negócio atualmente, é importante estar aberto a conversas sobre fusões e aquisições.

Isso irá ajudar a “ventilar” o nome da empresa no mercado, criar relacionamento com investidores e empresários e abrir o caminho para futuras transações, inclusive de aporte de capital.

Avalie mais de uma opção

Não é raro que os fundadores de startups recebam propostas milionárias pela venda da empresa. Contudo, não é recomendável aceitar a primeira oferta, sem antes avaliar o mercado.

Pode acontecer de sua startup estar posicionada em um mercado muito promissor e outras empresas podem estar interessadas em adquiri-la. Nesse caso, você pode avaliar as propostas mais vantajosas.

Em caso de fusão, avalie cuidadosamente todos os aspecto envolvidos na transação

Em geral, o processo de fusão é muito mais complexo e delicado do que uma venda, visto que dessa transação nasce uma nova empresa.

Por isso, antes de avançar nas negociações, é fundamental avaliar aspectos como culturas organizacionais, sinergias, aspectos de gestão, complementaridade dos negócios, etc.

Gostou de saber mais sobre as fusões e aquisições no Brasil? Então, leia também: ERP para Startups – Como fazer uma escolha certeira!

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